quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Ave Maria


Não me ature











Não me ature

Se já não lhe favoreço o riso
deixa-me a um canto e pronto
Exclua-me de teu jugo em riste
e de tuas penas sem crime
Pois o que defines
como rígida verdade
 aperta meu corpo,
cansa minha alma,
arranha meus prazeres,
mas já não me fere mais  
Acostumei-me à repetição
daquilo que doía,
tanto e sempre que cicatrizou
Vai por você e não me carregue
Sempre te espiarei,
aqui, de lado e de longe,
com mentirosa frieza
Agora vai!
Vai logo!

MURILO MOIANA - 2019