sábado, 19 de junho de 2021

Um sol no meu sorriso...

 

 

 


Um dia que amanhece melancólico.

Rotinas de sequências conhecidas...

E, de repente, abre um sol no meu sorriso!

E então há um novo amanhecer!

 

Não posso me furtar à ação do tempo.

Nem a outras intempéries que aparecem.

Não posso segurar uma quimera.

Mas insisto em pensar que o sol é meu.

 

Tem um sol no meu sorriso desde o primeiro dia

Essa luz não se ofusca nem com nuvens carregadas.

Muitas vezes há crepúsculos e ocasos imprevistos.

Mas nem isso conseguiu apagar o seu fulgor.

 

Tem um sol jorrando luz nas minhas veias

E um mar de claridade em meu caminho...

Eu não posso reclamar do meu destino.

Tudo feito sob a forma que escolhi!

 

Muitas vezes há nuvens de incertezas...

Universos de dúvidas e de esperas...

Há crepúsculo com soluços imprecisos...

Mas certezas de que o sol é imortal.

 

Assim vai acontecendo, lentamente,

O percurso desse tempo inexorável...

Conduzindo no comboio interminável

Minha força, minha alma e juventude.

 

Eu não sei por quanto tempo ou eternidade

Se desenha esta trama de Penélope.

Eu só sei que das trevas sempre brota,

O sorriso que o sol traz na sua luz.

 

O sol, que é efêmero e eterno

Engabela o meu tempo e sentimento,

Atravessa minha pele com calor,

E me engana todo dia com promessas.

 

E as tramas do destino vão tecendo

o começo, o percurso e as esperas...

porque sei que o fim um dia chegará

mas me iludo contemplando essa quimera.

 

Como o sol que renasce todo dia,

Com seu brilho também minhas batalhas...

De manhã eu sorrio para o Sol,

Mas não sei se com a noite as trevas vêm.

 

 

Vera Lúcia (18/06/2021)