terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Nasci sob a lua crescente

 


Nasci sob a lua crescente...

“Instinto protetor

Necessidade de ser amada

Autocrítica

Não sabe usar o potencial

Não desistir

Sol em Gêmeos

Lua em Áries

Os desafios atraem.

Não espere.

Se continuar parada

Em três anos tudo será igual.

O melhor ainda está por vir.”

 

Sem olhar e sem ligar os pontos

Eu aponto

Para a linha do horizonte.

E sigo. O signo.

Sob o signo da lua.

Caminho. Atravesso.

Travessias sem planos.

Eu plano sobre o destino.

E me destino, sem desatino.

Não me engano,

Mas engano e anelo

Sem anelos.

Sem desespero.

Eu me pego e me apego.

E assim, chego...

Ao final. E recomeço.

(Vera Lúcia, 18/01/2025)


terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Rotas tardias...


                                                    Quando a paixão chegou em minha vida,

Eu me espantei e sofri.

Não pela idade ou pelas circunstâncias...

Mas pela difícil arte de aprender a ser dominada pela irracionalidade.

Sem tempo para ensaiar e refletir.

Tive ciúmes. Incontroláveis.

Aprendi o que é ser possessiva...

Aprendi o que é caminhar à beira do abismo

O tempo todo.

Entrei em pânico e êxtase.

Aprendi a ser feliz e miserável. Sofri.

Aprendi andares furtivos,

Insônias inexplicáveis,

Silêncios ensurdecedores...

E inquietudes.

Caminhos incertos de nuvens de algodão em pedra e asfalto.

Puerilidades fora do tempo sem censura e sem filtro

Esforços desmedidos para pequenos oásis no deserto sem fim.

Recompensas sem preço com o perdão da presença...

Tempo e lugar são as linhas do infinito.

Metas inexistentes sem planejamento.

Nenhuma expectativa e todas elas projetadas no próximo encontro.

Que pode não acontecer...

Mas isso nem é modulado em palavras.

Só paira indeciso e ameaçador.

e não tem nenhum significado na imensidão da eternidade.

O escrito e não falado acontece e...

Percorremos, sem traçar, as rotas tardias...




 

domingo, 5 de janeiro de 2025

Silêncios

 



Não, eu não pedirei que me ame.
No momento mesmo em que eu pedir,
Já não será mais amor. É obrigação!
Não, eu não sei catequizar
Nem convencer. Só sei sentir.
Espontaneamente.
Eu não te conheci para cultivar silêncios
Eu tenho todas as chaves, mas não posso abrir suas portas.
Foram-me interditadas.
Por que tirar a minha paz?
(sinto que fiquei do lado de fora dos acontecimentos)
Acaso eu consigo tirar a sua?
Não é justo para o meu coração.
Não é justo se fechar em conchas. Como esfinge.
Se for assim, melhor que desista.
Eu não quero aceitar os seus termos.
Amor em gavetas é o que eu não preciso.
Sentimento medido é o que eu não pedi.
Sem asas o brilho se apaga,
Com cercas eu não sei lidar.
Celas e fechaduras eu sempre tive.
Silêncios também.
(Vera Lúcia, 04/01/2025)