Para abafos e desabafos da alma... O sonho encheu a noite Extravasou pro meu dia Encheu minha vida E é dele que eu vou viver Porque sonho não morre. Adélia Prado
terça-feira, 21 de junho de 2016
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Poema da Amante
O poema não é meu... mas se fosse, eu diria as mesmas coisas... que coisa mais linda e original!
Poema da Amante
Eu te amo
Antes e depois de
todos os acontecimentos,
Na profunda imensidade do vazio
E a cada lágrima dos meus pensamentos.
Eu te amo
Em todos os ventos que
cantam,
Em todas as sombras
que choram,
Na extensão infinita dos tempos
Até a região onde os
silêncios moram.
Eu te amo
Em todas as
transformações da vida,
Em todos os caminhos
do medo,
Na angústia da vontade
perdida
E na dor que se veste
em segredo.
Eu te amo
Em tudo que estás
presente,
No olhar dos astros
que te alcançam
E em tudo que ainda
estás ausente.
Eu te amo
Desde a criação das
águas, desde a ideia do fogo
E antes do primeiro
riso e da primeira mágoa.
Eu te amo perdidamente
Desde a grande nebulosa
Desde a grande nebulosa
Até depois que o
universo cair sobre mim
Adalgisa Nery
sexta-feira, 10 de junho de 2016
Testamento
Outra joia que encontrei! Lindo, lindo, lindo!
TESTAMENTO (Luiz de Aquino) Direi esta noite das coisas que sinto e às vezes doem. Direi esta noite das sensações estranhas que surgem de súbito e assustam. Direi com angústia e cuidado das nossas conversas porque me indefino ante fatos que nos afastam. Haverá esta noite como um testamento das coisas que sinto e que às vezes doem e direi de nós dois as coisas da dúvida de tanta gente.
Com o branco amor
Um dos mais belos sonetos que já li! Perfeito!
COM O BRANCO AMOR
(Getúlio Targino Lima)
Eu não aceitarei, solenemente
O declaro, sem medo, sem temores,
Sair desta existência de semente,
Sem me plantar em ti, onde tu fores.
O declaro, sem medo, sem temores,
Sair desta existência de semente,
Sem me plantar em ti, onde tu fores.
Eu não aceitarei mesmo que urgente
For o chamado e forem os clamores
Os que toquem mais forte a alma da gente,
Se não fruir completo os teus amores.
For o chamado e forem os clamores
Os que toquem mais forte a alma da gente,
Se não fruir completo os teus amores.
Este amor que surgiu em desabrida
Ofensa aos meus padrões e a tua vida
Não esbarrou nem frente aos altos muros.
Ofensa aos meus padrões e a tua vida
Não esbarrou nem frente aos altos muros.
E é por isto, querida, que proclamo.
Contra todos e tudo, que te amo
Com o branco amor dos meus amores puros.
Contra todos e tudo, que te amo
Com o branco amor dos meus amores puros.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Agonia
Agonia
O tempo não coopera,
O universo não conspira,
O jugo não se desfaz...
Você é vício cortante,
É dor incurável...
Agonia.
Não acalma tempestades...
É a cinza das horas,
O silêncio do túmulo,
A voz de punhal afiado.
Agonia.
Se não vem é a morte da esperança,
Quando vem é a morte da resistência,
Não traz sossego e paz,
É sempre agonia.
E sendo vício,
Não dá saídas...
Agonia.
Sou Você
Toni Garrido que eu amo, cantando, como Orfeu, apenas voz e violão, no filme Orfeu da Conceição, é acima da minha compreensão humana... é divino... lindo papel de Eurídice com Patrícia França.
Sou Você
Mar sob o céu, cidade na luz
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo, agora é você
Mundo meu, canção que eu compus
Mudou tudo, agora é você
A minha voz que era da amplidão
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você
Do universo, da multidão
Hoje canta só por você
Minha mulher, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade
Lua no mar, estrelas no chão
Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu, porque sou você
Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu, porque sou você
Minha mulher, meu amor, meu lugar
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade
Antes de você chegar
Era tudo saudade
Meu canto mudo no ar
Faz do seu nome hoje o céu da cidade
Lua no mar, estrelas no chão
Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Aos seus pés, entre as suas mãos
Tudo quer alcançar você
Levanta o sol do meu coração
Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu, porque sou você
Já não vivo, nem morro em vão
Sou mais eu, porque sou você
Que eu te ame...
Lindo poema! Um momento de pura poesia... Romantismo... sentimento... amor!
Que eu te ame...
Com a paciência
E a destreza
De um velho oriental
A compor seu
Origami
Que eu te ame!
Que eu te ame...
Pacifico,
Pleno
Como o caminhar
De um índio
Ianomami
Que eu te ame...
Que eu te ame
Como um poeta homem
Que mais prefere
Ser Pessoa
Do que sobrenome
Que eu te ame!
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Desejo
Desejo:
V ida longa
E eterna
R isos e gargalhadas
A legrias intensas
E eterna
R isos e gargalhadas
A legrias intensas
L uz,
U nidade,
C arinho, de forma
I ndescritível.
A mem!
U nidade,
C arinho, de forma
I ndescritível.
A mem!
Mayara das Graças
(30/05/2016)
domingo, 5 de junho de 2016
"Navegar é preciso"
“Navegar é preciso”
Ele
Ausências...
silêncios
Retornos,
mergulhos.
Navegação
ao acaso...
Movimento
pela rosa dos ventos.
Mãos
ao leme, mergulhos.
Ao
sabor do vento navega...
marinheiro
despreocupado, leme ao descaso...
Bússola
ao acaso...
Pequenas
atenções ao leme.
Barco
à deriva, poucos ventos...
Leme
ao acaso... descaso.
Inesperadamente,
mergulhos...
Barco
atracando em praia conhecida...
mas
inabitada por outras embarcações.
Prazer
e satisfação!
Impossibilidades
de partida. Silêncios
De
volta ao mar...
Ao
sabor de outras ondas...
Outros
portos...
Praia
solitária, misteriosa e deserta...
Ponto
de espera,
Sempre
espera.
Porto
seguro, sem garantias, sem segurança,
Ponto
de chegada.
Ponto
de retornos.
Fim
da linha
que
o marinheiro frequentemente ignora.
Ela
De
vez em quando
ela
é só sentimento.
De
vez em quando
ela
é só pensamento.
De
vez em quando
ela
é só sensação.
Do
seu universo comum
Transporta-se.
Basta
que o espelho
das
águas calmas
seja
agitado pelo movimento
da
rosa dos ventos.
Um
pequeno desgoverno...
A placidez
da superfície...
e
o borbulhar dos redemoinhos profundos.
Acima
da linha do horizonte, só calmaria.
Abaixo
do nível do mar o turbilhão.
O leme
da rotina retomado sabiamente.
E a
vida se completa em quadros de lembranças.
O dia
a dia vai se desfiando assim...
sentimentos,
pensamentos, sensações...
alegrias,
dissabores, retornos...
Desejos
de esquecimento.
Retornos,
mergulhos.
Desejos
de eternidade.
(Vera
Lúcia 04/06/2016)
PERFEIÇÃO
PERFEIÇÃO
Seus
lindos olhos abertos, em meu peito,
O tempo para este momento parou,
A terra atrasa e os sons diminuem,
Um momento congelado, sem mancha.
Seu corpo perto do meu,
Nossos corações batendo ao mesmo tempo,
Com um sorriso de simples prazer,
Este momento deve durar para sempre.
Alguns dizem que a perfeição é inatingível
Para a maioria das coisas que é explicável,
O tempo para este momento parou,
A terra atrasa e os sons diminuem,
Um momento congelado, sem mancha.
Seu corpo perto do meu,
Nossos corações batendo ao mesmo tempo,
Com um sorriso de simples prazer,
Este momento deve durar para sempre.
Alguns dizem que a perfeição é inatingível
Para a maioria das coisas que é explicável,
Em
seus braços e com você me amando,
Eu
encontrei um breve momento de perfeição.
(C
B)
sábado, 4 de junho de 2016
O que me encanta...
O
que me encanta...
Me
encanta em você a destreza com as palavras,
A reação
imediata,
A predisposição
à alegria,
A facilidade
para o deboche...
Até
de si mesmo.
Me
encanta em você o falso ceticismo.
O esforço
pra racionalidade,
O romantismo
oculto e negado até para o espelho,
Mas
escapado,
Incontrolável
e fugidio,
Quando
seus olhos me contemplam...
Me
encanta em você
O medo
da paixão,
O descontrole
da emoção mal disfarçada,
A incapacidade
de manter a razão,
Quando
a gente se encontra.
Conter
a avalanche,
Deter
a torrente,
Embargar
o inabarcável,
Eu
sei,
Não
dá!
É coisa
que me encanta!
Vera
Lúcia
(04/06/2016)
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