No
exercício das memórias, revejo tempo e realidades vividas...
Caminho
por espaços já caminhados com saudosa melancolia.
Mas
não é uma melancolia triste...
É
uma felicidade melancólica a trilhar caminhos já trilhados.
Caminhar
por indícios de rastros feitos.
Uma
placa de formatura...
Um
nome na placa... indicação.
Retornos
longínquos e mais recentes se confundem e se completam...
Um
livro na biblioteca (a biblioteca não está mais no mesmo lugar),
reminiscências.
Uma
cópia obsoleta, só para compor o processo... paixão desmedida.
Reencontro
com pessoas... a bibliotecária (antes), o guardinha (agora) une temporalidades.
A
passarela comprida... Caminhei por ela em companhias diversas.
Contemplar
o casarão, calçadas, ruas...
Viver
momentos no limite das possibilidades.
A
memória vai elegendo quadros coloridos e desfilando textos ditos e
interditos...
No
exercício das memórias, nos encontros com passados passados, passados recentes
e passados ainda não idos, vão se compondo as minhas temporalidades.
E
o tempo, meu amigo, não me falha a memória.
(28/09/2016)
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