segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Almas que se encontram...



... e os dois se amaram como adolescentes...
com tudo que uma paixão pode despertar.
Com flores e chocolates,
Com poemas e canções.
Com ciúmes e contendas.
Com juras eternas de amor eterno.
Com sentimento.
Com entrega.
Com pequenas loucuras, de gente comum, presa nos liames do cotidiano.
Com doces intervalos de oásis na aridez da vida diária.
Com cartinhas de amor no guardanapo.
Com recadinhos deixados em nichos inesperados,

E aquela vida que era assim, meio morna, se acendeu.
E o sangue fluiu pelas veias na pulsação do tempo e na frequência da luz.
E todas as obrigações foram realizadas com outro humor.
E os momentos eram intercalados pela tensão deliciosa de saber encontros inesperados.
E sempre pareceu que as chegadas eram retornos de outras vidas.
E sempre pareceu que as partidas eram apenas preparações para outros retornos.
E ainda parece que o hiato se fez apenas aqui, neste mundo.
E, sendo hiato, não terá forças para quebrar o encanto.

Porque as almas são eternas,
e, nos intervalos do tempo, vão se encontrando ou se desencontrando.
Às vezes se distanciam...
Às vezes se fundem...
Mas nunca se perdem.
Porque a aliança já foi combinada nos ecos da eternidade.

(Vera Lúcia - 30/01/2017)


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