Todos os dias eu me visto de sol...
E trago a lua aos meus pés
Para facilitar a sua jornada de retorno.
Porque todas as vezes que o amor chamar, eu vou.
Sem problemas nem orgulho.
Sob a placidez da superfície,
os redemoinhos revoltos.
Mas preservo os detalhes
Recolho os indícios...
Suplanto a tempestade
E permaneço...
“...
à tua direita está a noiva real enfeitada de ouro puro de Ofir.”
Aprendi
a atravessar os obstáculos dentro do silêncio.
A
lição do silêncio é difícil de aprender
Especialmente
quando os gritos sem eco ensurdecem a alma.
E
recolho as pontas das vestes que insistem em fazer rastros pelos caminhos
Mantenho
o domínio e a posição de estátua.
“À vossa direita se encontra a
rainha com veste esplendente de ouro de Ofir.”
Mas chega a manhã radiante...
Há um brilho dourado no meu céu particular.
E a mensagem de luz corta os céus como flecha.
Atinge o destino com fogo escaldante.
E os redemoinhos se acomodam...
Por enquanto...
Porque as veredas sinuosas estão sempre vivas...
Porque os furacões e tempestades pairam neste universo datado,
Porque a eternidade precisa se acomodar nos dias contados.
Sempre. E sempre.
Eu sei.
Ainda assim entrevejo o dia de glória,
Ainda assim entrevejo o dia de glória,
Porque tudo está escrito desde as cinzas ancestrais:
“Esquecei
vosso povo e a casa paterna!
Que
o Rei se encante com vossa beleza!
Prestai-lhe
homenagem: é vosso Senhor!”
Vera Lúcia
22/10/2017
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