Refúgio
O poeta, em seu refúgio,
dá guarida aos seus fantasmas,
dá-lhes ser as suas mãos.
Mãos sedentas, mas cansadas
desse espectro dos horrores,
dessa vida e dos seus nãos.
Trovador das mil tormentas,
que sussurra (ou grita a dor
de um viver) em versos vãos.
(César Fontana)
Nenhum comentário:
Postar um comentário