E aquela imagem que causava frio;
e aquela busca que trazia insônia;
e aquela dor que o estômago "embolava";
aquele amargo que a garganta ardia...
A tristeza sem fim e nem começo,
do medo de se perder, perdida;
aquele travo que secava a boca;
nas noites de ansiedade mal dormida...
tudo foi, de verdade, esmaecendo;
sem permissão e sem consentimento.
O muro da desilusão crescendo,
erguia a sombra do desapontamento.
e a cinza das horas convertia,
em incenso o embalar das dores;
até que finalmente, tão suave
fez-se bruma do espírito de flores.
Vera Lúcia
04/09/2019
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