sábado, 13 de fevereiro de 2021

Dia de chuva...

 


 

Não é bom mudar a natureza das coisas...

Dia de chuva, gato/gata no sofá

Caneca de café... livro, livro bom...

Tempo... tempo bom...

Brotos nas folhas, nas flores, nas plantas...

Vida brotando por todos os cantos.

Muita chuva, muito verde... ar purificado.

Não é bom mudar a natureza das coisas.

TELEVISÃO - Cães veganos? Faça-me o favor!

Não nasceram para isso!

 

Não é você que faz o “seu” deus!

Se Deus existe, é para além do egocentrismo de cada um.

E a bíblia ensina o sentido inverso: Deus criou o mundo,

Você não criou Deus... (ou será que criou?...)

E assim, habitamos o mundo criado, efemeramente...

Deus não está fechado nos seus interesses...

Deus está preocupado com as Suas criaturas!

Não é bom mudar a natureza das coisas...

 

Mas mudanças é sempre bom!

Mude sua planta de lugar,

Mude sua cama para o outro lado do quarto,

Mude sua leitura de mundo;

Troque os vídeos da internet por um arquivo de livro,

Por um áudio livro, por um kindle...

“Troque seu cachorro por uma criança pobre”...

Não troque seu candidato corrupto por outro candidato corrupto.

Troque pelo seu engajamento social nas causas do seu bairro.

 

Troque seu “binóculo” sobre a vida dos vizinhos...

Compre um telescópio de ver estrelas...

Mude o foco da janela do apartamento ao lado

Pelo telescópio na sacada rumo ao infinito.

Troque a ansiedade de esperar um recado,

uma mensagem, uma lembrança baça na sua tela,

um silêncio perturbador daquele áudio que não chega...

Troque tudo isso pela alegria de percorrer os parques

da sua cidade, ou as veredas da sua chácara, ou os caminhos

da fazenda... as trilhas do sertão... a poeira das picadas...

evitando aquele pensamento insistente...

 

Aquela imagem fugidia no espelho, ou na tela...

Aquele sorriso falso de quem não está mais com você,

Aquela esporádica mensagem que abre novamente a ferida...

Aquele inferno particular... a dor de ausência...

Tudo isso só vai existir se você deixar!

Não deixe! Faça do livro e da escrita o seu refúgio...

Exercite escrever por escrever.


Tire a corda do pescoço... e o veneno das mãos...

Arme-se com a caneta!!!

Escreva poemas... poemas suaves, melancólicos...

Poemas românticos, apaixonados...

Escreva poemas aterradores, infernizantes...

Escreva poemas desoladores, inconformados...

Escreva poemas, poemas que xinguem o mundo...

Poemas que xinguem o motivo das suas dores...

Escreva... escreva o que lhe vier às mãos... CATARSE!

 

E volte feliz para a vida! A vida importa!

Não é bom mudar a natureza das coisas...

Você recebeu uma vida de presente!

Nunca atente contra ela!

Não atrapalhe o curso do rio. Aprenda nadar!

Não interrompa o fluxo das suas vontades!

Mude APENAS o foco! O silêncio também funciona.

Ignore o que lhe faz mal

Dê o valor que merece cada coisa

O que nos afeta negativamente não tem valor!

 


Dias de chuva... pensamento solto...

Gato/gata no sofá... voltando ao livro...

Os olhos se distraem no infinito...

E aquela mensagem esporádica... ah, demônios!

Não é bom mudar a natureza das coisas.

Deixar o dia correr... deixar a vida correr,

ler o livro interessante, fantástico!

E voltar ao trabalho que espera.

 

Pensamento insistente? Isole!

Não deu certo? A vida continua.

Dá trabalho? Atire-se ao trabalho!

Não tem remédio? Remediado está!

A sabedoria dos antigos é infalível!

Ninguém disse que é fácil...

“porque joelho ralado dói bem menos

que coração partido”... é mesmo...

Mas NÃO se entregue, porque...

“O que não tem remédio, remediado está”!

Não se estrague, porque guarda-chuva

serve também para se proteger do sol.

 

Não é bom mudar a natureza das coisas...

Voltar ao princípio. Voltar aos princípios!

Rebobinar as energias e as vontades...

Todas as vezes que for necessário.

Percorrer novamente os caminhos...

Contando as contas, desfiando as dores...

Desafiando a gravidade com acordes graves

E acordar para a realidade.

Subir no salto e enfrentar a sorte porque ...

“Não temos tempo de temer a morte.”

Não é bom mudar a natureza das coisas.             

(Vera Lúcia, 12/02/2021)

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