PASSADOS AMANTES
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Do amor, seus vestígios
Em uma estranha civilização
Indícios de uma história
Como que se da carne, do sangue, do suor
Restassem os ossos do passado no fóssil que ecoa
Que nada é pra já
Do amor, seus vestígios
Em uma estranha civilização
Indícios de uma história
Como que se da carne, do sangue, do suor
Restassem os ossos do passado no fóssil que ecoa
Até que um dia
Arqueólogos pós-modernos, afoitos
Queiram decifrar dos ossos
A carne de antigas palavras
E anunciar aos quatro cantos
Do velho ao novo mundo
Que um dia existiu o amor
Arqueólogos pós-modernos, afoitos
Queiram decifrar dos ossos
A carne de antigas palavras
E anunciar aos quatro cantos
Do velho ao novo mundo
Que um dia existiu o amor
E quem sabe, então
A contemporaneidade, na sua suprema razão
Consiga conceber tal absurdo:
Dois homo sapiens
Um macho e uma fêmea?
Dois homo?
Se amando na eternidade
A contemporaneidade, na sua suprema razão
Consiga conceber tal absurdo:
Dois homo sapiens
Um macho e uma fêmea?
Dois homo?
Se amando na eternidade
Amores serão sempre amáveis
Não se afobe, não
Da história vivida não se sabe
Só a certeza de que um dia
Dois homo sapiens se amaram até morrer
E que a morte foi só um detalhe
(Cláudio Pires Viana)
Da história vivida não se sabe
Só a certeza de que um dia
Dois homo sapiens se amaram até morrer
E que a morte foi só um detalhe
(Cláudio Pires Viana)
Obs. Contém versos de "Futuros Amantes", de Chico Buarque.
http://sinnerscrazy.blogspot.com.br/…/fosseis-encontrado-ab…
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