Preciso
de muito pouco para viver
De
um amor verdadeiro,
De
arroz com pimenta de cheiro,
Banho
quente de chuveiro,
Caminhada
sem roteiro.
De
um sorriso feliz,
De
um terno “risca de giz”,
De
marcas de cicatriz.
Pequenos
gestos fortuitos,
Cavalheirismos
gratuitos,
Trilhas
de alegres ardis.
Ter
viagens mundo a fora,
Mensagens
fora de hora,
Um
bom vinho a qualquer hora,
Parceiro
que não vá embora,
Olhar
o nascer da aurora.
Um
amigo sempre à mão,
Preciosa
solidão,
Fazer
bolhas de sabão,
Às
vezes cair em tentação.
Navegar
no pensamento,
Cabelos
soltos ao vento,
Andar
em mato fechado,
Não
ver ninguém maltratado,
Nem
gente triste ao relento.
Perder
um pouco o juízo,
Namorar
“ouvindo guizos”,
Ter
sempre a mão solidária,
Não
me sentir solitária,
Conservar
o meu sorriso.
Andar
debaixo de chuva,
Brigadeiro
de panela,
Ver
a noite na janela,
Sentir
“acasos de luvas”
Sob
mãos de arandela.
Risinho
nervoso,
Jeitinho
vaidoso,
Recado
fogoso,
Encontro
gostoso.
Destino
não planejado,
Em
local tão desejado.
Ficar
na praça, na rua,
Sorrindo,
de alma nua,
Como
a vida que flutua
num
bilhete premiado.
Finalmente,
ser inteira.
E,
num gesto de bobeira,
Pegar
o mundo co’a mão
Recebendo
de presente
a
chave de um coração.
Vera
Lúcia
(15/08/2016)
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