sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Tenho saudades de mim




Tenho saudades de mim,
nas constantes travessias.
Às vezes brigo comigo para me aquietar.
Penso em retornos,  desisto.
Se bem que sou labirinto.
Então navegar em círculos não seria assim estranho.
Só que sigo em espirais...
Porque o caminho não volta.
Não há como retornar a passados preciosos.
Disso eu tenho pena...
Por isso sinto saudades.
Mas a mão é só de ida,
Prefiro não tentar curvas...
Os caminhos proibidos também não me amedrontam.
Quero deixar bem claro!
As perdas é que me apavoram.
Mas eu sei, inevitáveis.
E me empurro para frente.
E sempre sinto saudades.
Daquela que pude ser,
Daquilo que pude ter,
Dos momentos que vivi.
Mas a vida faz sua parte
No constante movimento
de chegadas e partidas.



Vera Lúcia (22/11/2017)

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