Quando
vi você, amei...
Como
a criança que ama o doce
exposto
na vitrine.
Não
pode passar mais um minuto
sem
tê-lo!
Quando
nos falamos, eu me apaixonei...
Como
adolescente que ama o proibido.
Que
anseia pela aventura.
Que
faz desta paixão o seu
cavalo
de batalha...
que
amar esse amor é a coisa
mais
importante do mundo!
Que
perder esse amor é certeza
de
morte!
Quando
nos encontramos eu me perdi.
Eu
perdi todas as certezas;
Eu
perdi todo o senso;
Eu
perdi o juízo
e
me perdi em você!
A
partir de então eu continuo
a
criança, a adolescente... a mulher incompleta.
Não
há controle nas minhas emoções...
Não
se organizam os meus pensamentos...
O
que sinto, não há modos de se entender...
O
que faço não se explica...
O
que falo nem sempre deve ser considerado.
Não
sou dona de mim,
Menos
ainda das minhas ações,
Não
coordeno o que faço,
Menos
ainda com você...
Não
meço minhas atitudes
quando
são a seu respeito.
Não
domino o tempo
porque
quanto mais a vida transcorre,
mais
perdida eu me sinto.
Não
há amadurecimento neste processo.
Há
transgressões,
Há
tentativas e insucessos,
Há
batalhas e fracassos,
Há
luta incansável e inglória
pela
libertação...
E
mergulhos profundos, doloridos...
Recomeços,
fracassos...
Retornos...
solidões em sua companhia...
Incapacidades
para fechar um ciclo.
Encerrada
num círculo vicioso.
Agosto/2016
Vera
Lúcia