terça-feira, 17 de maio de 2016

Para sempre



Você não é a minha paz de espírito.
Você é o desassossego dos meus desejos
O desatino das minhas vontades
A falência do meu orgulho
E a incompetência do meu amor próprio.

Você invade os meus sentidos como oceano em tormenta;
nunca me vem com a placidez do lago sereno.
Devasta os limites que me imponho;
derruba as barreiras que porventura suponho construir,
numa palavra, num olhar ou mesmo pelo silêncio...

e eu vivo em guerra de mim comigo.
E isso será o oráculo da minha sina,
até o extermínio da minha matéria,
a danação do meu espírito
e a escravização implacável da minha alma.

O destino não me dá alternativas.
Será, para sempre, assim...
Estarei para sempre acorrentada a você,
desde o momento em que eu soube da sua existência...


(Vera Lúcia - 02/01/2013)

2 comentários:

Unknown disse...

Lindo nobre poetisa. Parabéns. A existência nos consome, em nós mesmos e nos outros que nos nomeiam.

Vera Lúcia Alves Mendes Paganini disse...

Obrigada, padre Fábio! É apenas um exercício emocional para não enlouquecer...